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Falta de insumos gera consequências para segmento de produtos plásticos

Mercado acusa o golpe e normalidade no setor só deve ocorrer em 2021 diante do impasse atual

Apesar de conviver com a pandemia do coronavírus desde março, alguns segmentos industriais começam agora a demonstrar fraqueza diante do grande período de alterações na economia. É o caso das empresas que produzem produtos plásticos a partir de insumos como pvc, polietileno e polipropileno.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast), a situação só deve se normalizar no ano que vem. Porém, é preciso atuar com cautela e analisar o mercado mês a mês até o final de 2020 antes de cravar qualquer informação. Vale ressaltar que as próprias indústrias reduziram jornadas de trabalho conforme os programas de governo para combater o desemprego devido ao COVID-19.

Com o aumento do preço dos insumos, muito por conta da alta demanda que o setor recebeu, sobretudo a partir de março, o mercado pode sentir a falta de produtos de primeira necessidade, como alimentos e remédios, uma vez que não há um substituto à altura em se tratando de embalagens. Papelão e vidro, embora sejam fortes concorrentes do plástico, não podem ser usados em diversos segmentos.

O alto preço das matérias-primas já alcançou a casa dos 30% na média dos últimos três meses e a elevação de valores preocupa o mercado, uma vez que repassar os custos para o consumidor é algo ainda embrionário, haja vista o momento econômico vivido pelo Brasil devido à pandemia. Importar também não é o caminho natural devido ao valor alcançado pelo dólar. De todo modo, a esperança é que a produção se normalize no decorrer dos últimos meses deste ano para voltar a abastecer o mercado com normalidade em 2021.

Fonte:

https://veja.abril.com.br/blog/radar-economico/depois-do-arroz-e-do-algodao-agora-e-o-plastico-que-sumiu-do-mercado/